O suicídio é um problema social e de saúde pública que precisa ser amplamente debatido. Por causa da complexidade do tema, é importante que existam discussões e reflexões que levem em conta tanto os aspectos fisiológicos dos sujeitos quanto os modos de vida e de socialização atuais.
Em um tempo-espaço em que os discursos colocam sobre nós toda a responsabilidade pelos acontecimentos da vida, precisamos também olhar para a esfera pessoal como reflexo de uma estrutura externa que pode condicionar e interferir em nossas relações e nossas formas de ser e estar no mundo.
Além disso, é notável, inclusive nos pequenos contextos, que a cultura digital, para citar apenas um exemplo dos fenômenos do presente, tem implicações significativas na saúde mental de todos nós, na medida em que estamos interagindo de maneiras mais superficiais e aceleradas tantas vezes.
Com a velocidade atual dos acontecimentos e o fácil acesso às informações de naturezas diversas, muitas vezes nossa escuta falha.
Vamos ouvir com atenção e dedicar tempo a alguém?
Acolhimento e diálogo são muito importantes, e cuidar de si e cuidar do outro podem apontar caminhos que nos levem para fora de situações que nos oprimem.
O suicídio pode ser prevenido. Reconhecer os sinais de alerta em si mesmo ou em uma pessoa próxima a você pode ser o primeiro e mais relevante passo.
Escute, acolha e, quando possível e se necessário, ajude quem precisa a encontrar apoio em profissionais capacitados para lidar com o problema.