O Campus São Francisco do Sul, do Instituto Federal Catarinense, realizou atividades relacionadas ao dia da Consciência Negra.
No dia 21 de novembro, a cantora e compositora Dandara Manoela, melhor cantora de Santa Catarina em 2017 segundo o Prêmio Catarinense de Música, apresentou um repertório de canções de sua autoria no show “Retrato Falado”. Nas composições, encontramos com grande emoção e sensibilidade diversas experiências relacionadas ao cotidiano das mulheres, especialmente afrodescendentes, no Brasil. Entre o público de 130 pessoas que estavam no auditório, duas estudantes comentaram suas percepções da atividade:
“Eu gostei das músicas dela, que possuem mensagens muito fortes e que acabam gerando, em alguns casos, uma identificação com a experiência relatada nas canções. A voz dela é maravilhosa e as composições são intensas.” (Sabrina Correia – Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio )
“Eu achei a artista extremamente incrível. As letras delas são muito intensas, expressando temas polêmicos e alguns tabus de maneira poética. Ela consegue expressar também temas abstratos com grande força.” (Camila Maia – Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio )
No dia 22 de novembro foi a vez da exibição do curta-metragem “Antonieta”, que aborda a trajetória de Antonieta de Barros, importante professora e jornalista catarinense que foi eleita a primeira deuptada negra do Brasil. Na ocasião, a diretora do curta, Flávia Person, comentou os principais aspectos do filme e da etapa de concepção e execução do projeto, dando destaque especial ao fato lamentável de que a cultura afrodescendente em Santa Catarina sofre diversos processos de silenciamento e que Antonieta deveria ser conhecida por todos como uma grande referência de experiência histórica engajada e de resistência às adversidades e desigualdades que interferem na vida da população brasileira.
A atividade, que contou com cerca 40 pessoas, também foi motivo de elogio pelos estudantes:
“Achei muito interessante a maneira como a cineasta conseguiu questionar os estereótipos que costumam existir sobre o Sul do país, especialmente Santa Catarina. E também a questão de valorizar o protagonismo da mulher em uma época com muita discriminação. Além disso, a Flávia apresentou tudo de maneira muito fácil de entender, facilitando com que entendessemos a proposta do filme.” (Isabelle Ziemer – Curso Técnico em Guia de Turismo Integrado ao Ensino Médio)
“Eu gostei da maneira como a diretora optou por realizar o filme como um documentário de curta-metragem, fazendo com que a valorização de Antonieta seja compreendida de maneira mais fácil e rápida pelo público em geral.” (Juan Braga – Curso Técnico em Guia de Turismo Integrado ao Ensino Médio)